Sem trégua; nota
assinada por deputado e presidente da Força Sindical bate duro em plano de novo
ministro da Fazenda para estabelecer nova idade mínima para aposentadorias;
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O governo de Michel
Temer mal completou suas primeiras 24 horas – e já despertou a oposição das
centrais sindicais.
Na noite da quinta-feira 12, sob coordenação da CUT, milhares
de manifestantes tomaram parte da Avenida Paulista, no coração de São Paulo,
numa grande passeata contra a posse de Temer e seus ministros.
Nesta sexta-feira 13, a crítica forte foi feita Força
Sindical, liderada pelo deputado Paulo Pereira da Silva. Em termos duros e
argumentação coerente, nota assinada por Paulinho condenou a primeira projeção
de iniciativa do novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Mirando agradar
o mercado,
Meirelles deu entrevista coletiva prometendo aumentar a idade mínima
para o acesso à aposentadoria.
Foi o que bastou para despertar a Força Sindical,
que deixou rapidamente o terreno de potencial aliada do governo Temer para
instalar-se, nesse caso, no campo da oposição pesada.
Abaixo, a nota oficial da Força, assinada por Paulinho:
A Força Sindical repudia qualquer tentativa de se fazer uma
reforma da Previdência que venha a retirar direitos dos trabalhadores. As
afirmações do ministro da economia, Henrique Meirelles, divulgadas hoje em
veículos de comunicação, revelando a intenção de implantar a idade mínima para
as aposentadorias, são inoportunas.
A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é
inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou
seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último
governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos
para os trabalhadores.
A implantação da regra 85/95 progressivamente, implantada por
Dilma, vai dificultando cada vez mais a aposentadoria. É bom lembrar que o
governo Dilma já chegou ao absurdo de colocar lei para praticamente impedir a
aposentadoria. Isto porque começou a ser aplicada a fórmula 90/100 para
mulheres e homens, com a soma da idade e do tempo de contribuição. Esta fórmula
torna praticamente impossível a aposentadoria para as pessoas com idade
inferior a 65 anos.
Entendemos que qualquer mudança na Previdência deva ser
amplamente discutida com a sociedade, e com os representantes dos
trabalhadores, de forma democrática e transparente. Reafirmamos que não
aceitaremos, em hipótese alguma, uma reforma feita na calada da noite, com o
intuito de mexer nos direitos adquiridos.
A Previdência Social é um patrimônio do trabalhador e do
cidadão brasileiro. Qualquer alteração tem como princípio que os aposentados
recebam benefícios com valores suficientes para ter uma vida digna. Vamos
resistir a mais este ataque a direitos e conquistas que, a duras penas, foram
acumulados ao longo da história de lutas da classe trabalhadora brasileira.
Acreditamos que o atual presidente, Michel Temer, seguirá os
caminhos acordados com os trabalhadores e com as Centrais Sindicais nas
reuniões realizadas recentemente, de manutenção de direitos e de articulação
pelo crescimento do País e pela geração de empregos.
Não podemos deixar de destacar que valorizar as
aposentadorias é uma forma sensata e justa de distribuição de renda.
Fonte: BRASIL2pontos
Paulo Pereira da Silva
(Paulinho da Força)
Presidente da Força
Sindical
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