Pesquisar

domingo, 15 de maio de 2016

Em tom duro, Paulinho ataca "ideias estapafúrdias" para Previdência

Sem trégua; nota assinada por deputado e presidente da Força Sindical bate duro em plano de novo ministro da Fazenda para estabelecer nova idade mínima para aposentadorias;

Postagem: eunafoto1.blogspot.com.br

 O governo de Michel Temer mal completou suas primeiras 24 horas – e já despertou a oposição das centrais sindicais.

Na noite da quinta-feira 12, sob coordenação da CUT, milhares de manifestantes tomaram parte da Avenida Paulista, no coração de São Paulo, numa grande passeata contra a posse de Temer e seus ministros.

Nesta sexta-feira 13, a crítica forte foi feita Força Sindical, liderada pelo deputado Paulo Pereira da Silva. Em termos duros e argumentação coerente, nota assinada por Paulinho condenou a primeira projeção de iniciativa do novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Mirando agradar o mercado, 

Meirelles deu entrevista coletiva prometendo aumentar a idade mínima para o acesso à aposentadoria. 

Foi o que bastou para despertar a Força Sindical, que deixou rapidamente o terreno de potencial aliada do governo Temer para instalar-se, nesse caso, no campo da oposição pesada.


Abaixo, a nota oficial da Força, assinada por Paulinho:

A Força Sindical repudia qualquer tentativa de se fazer uma reforma da Previdência que venha a retirar direitos dos trabalhadores. As afirmações do ministro da economia, Henrique Meirelles, divulgadas hoje em veículos de comunicação, revelando a intenção de implantar a idade mínima para as aposentadorias, são inoportunas.

A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores.

A implantação da regra 85/95 progressivamente, implantada por Dilma, vai dificultando cada vez mais a aposentadoria. É bom lembrar que o governo Dilma já chegou ao absurdo de colocar lei para praticamente impedir a aposentadoria. Isto porque começou a ser aplicada a fórmula 90/100 para mulheres e homens, com a soma da idade e do tempo de contribuição. Esta fórmula torna praticamente impossível a aposentadoria para as pessoas com idade inferior a 65 anos.

Entendemos que qualquer mudança na Previdência deva ser amplamente discutida com a sociedade, e com os representantes dos trabalhadores, de forma democrática e transparente. Reafirmamos que não aceitaremos, em hipótese alguma, uma reforma feita na calada da noite, com o intuito de mexer nos direitos adquiridos.

A Previdência Social é um patrimônio do trabalhador e do cidadão brasileiro. Qualquer alteração tem como princípio que os aposentados recebam benefícios com valores suficientes para ter uma vida digna. Vamos resistir a mais este ataque a direitos e conquistas que, a duras penas, foram acumulados ao longo da história de lutas da classe trabalhadora brasileira.

Acreditamos que o atual presidente, Michel Temer, seguirá os caminhos acordados com os trabalhadores e com as Centrais Sindicais nas reuniões realizadas recentemente, de manutenção de direitos e de articulação pelo crescimento do País e pela geração de empregos.

Não podemos deixar de destacar que valorizar as aposentadorias é uma forma sensata e justa de distribuição de renda.

Fonte: BRASIL2pontos
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)
Presidente da Força Sindical

Nenhum comentário:

Postar um comentário