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Lúcifer é uma palavra de origem latina, que quer dizer
“portador da luz”. Veja bem: uma palavra latina. O Antigo Testamento foi
escrito em hebraico; o Novo Testamento foi escrito em grego.
A palavra lúcifer, então, não está originalmente na Bíblia,
ela é uma tradução.
Lúcifer não é um ser; Lúcifer não existe.
De onde surgiu a ideia de que Lúcifer é um ser? Dizem que
satanás era originalmente Lúcifer, o mais glorioso dos anjos. Mas, como Lúcifer
tentou ser como Deus, foi castigado no seu orgulho e deu-se a sua queda. Foi
lançado fora do céu, junto com os anjos que o haviam seguido na sua rebelião.
Não há nenhum fundamento bíblico para essa crença. Nenhum. Em
parte alguma da Bíblia está escrito que Satanás é Lúcifer.
Essa ideia de que Lúcifer é um anjo caído tem origem em
Isaías 14:12. O capítulo 14 de Isaías é uma profecia – ou uma previsão – da
queda do rei de Babilônia. O rei de Babilônia exaltava a si mesmo, procurando
tomar para si a glória que pertence a Deus. Esse é o contexto. Essa previsão de
Isaías, então, mostra que ele seria derrubado de volta à terra, já que havia se
exaltado muito.
Isso está de acordo com o ensinamento de Jesus em Lucas
14:11: “Quem se exaltar será humilhado, quem se humilhar será exaltado”.
O livro de Isaías pertence ao Antigo Testamento, e foi
escrito em hebraico. A palavra hebraica traduzida como Lúcifer é hêlîl. Ela foi
traduzida como Lúcifer por São Jerônimo. São Jerônimo, seguindo uma ordem do
papa Dâmaso I, traduziu toda a Bíblia para o latim, isso lá na virada do século
IV para o século V. Jerônimo traduziu a palavra hebraica hêlîl para a palavra
latina lúcifer. Essa palavra hêlîl aparece outras vezes no Antigo Testamento:
duas vezes no livro de Jó, e uma vez nos Salmos. Nessas passagens a palavra
hebraica hêlîl está se referindo ou às estrelas ou ao amanhecer.
No Novo Testamento Jerônimo também traduziu algumas passagens
como lúcifer. Uma em 1 Pedro 1:19 e outra em Apocalipse 2:28. Nas traduções em
português nós encontramos “estrela da manhã”. Na Vulgata Latina, que é a
tradução de São Jerônimo, a tradução é lúcifer. E essas interpretações
equivocadas a respeito de Lúcifer como um anjo caído surgiram a partir da
Vulgata de São Jerônimo.
Na passagem de 1 Pedro 1:19, lúcifer é Jesus! A estrela da
manhã, a que Pedro está se referindo, é o próprio Jesus!
Lúcifer não pode ser ao mesmo tempo um anjo caído e Jesus.
Não existe Lúcifer, nunca existiu. Tudo o que falam, todas as
conclusões a que chegam são apenas excesso de imaginação.
Na ânsia de encontrar fundamento para a sua crença no diabo,
os teólogos acabaram distorcendo escancaradamente o sentido histórico do
capítulo 14 de Isaías.
Nós podemos encontrar neste texto de Isaías um sentido
simbólico, isso sim. Analisando assim, nós vemos que ele está de acordo com o
ensinamento de Jesus: “Quem se exaltar será humilhado, quem se humilhar será
exaltado”.
Mas não podemos distorcer a História registrada pelos seus
autores. E o que Isaías está narrando aqui são fatos históricos.
Este é o tema deste
vídeo. Acista
Fonte: Espirito Imortal
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