Titular da Paróquia Mãe
Rainha cita legado deixado pelo Arcepisbo e problemas com o clero.
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O padre Nilson Nunes, titular da Paróquia Santuário Nossa
Senhora Mãe Rainha, localizada no bairro do Bessa, em João Pessoa, recebeu com
tristeza a renúncia do Arcebispo da Paraíba, dom Aldo Di Cillo Pagotto, nesta
quarta-feira (6). Em sua avaliação, ele diz que respeita os motivos apontados
na carta encaminhada por Dom Aldo ao Vaticano, cita os problemas do agora
Arcebispo Emérito da Paraíba com o clero, o envolvimento com a política e
destaca o legado deixado.
“Dom Aldo enfrentou na Arquidiocese da Paraíba problemas de
saúde e também outros problemas com o próprio clero, além de algumas situações
em que a imprensa e todos acompanharam, mas acredito que Dom Aldo é um exemplo
de superação. Ele sai em um momento em que as coisas na Arquidiocese estão indo
bem, sobretudo, no que diz respeito a vida pastoral”, comentou.
Nos mais de 10 anos de dom Aldo Pagotto à frente na
Arquidiocese da Paraíba foram criadas 80 novas paróquias e pastorais, algo
considerado um avanço dentro da igreja. Para padre Nilson, o arcebispo foi um
líder fiel, que sempre se relacionou muito bem com todos os poderes
constituídos e com os políticos, mas que nunca deixou de dizer o que pensa,
algo que, segundo ele, talvez tenha sido o maior de seus erros.
“Por entender que a igreja está presente na sociedade, Dom
Aldo se aproximou dos poderes constituídos, dos governos, talvez isso não tenha
sido compreendido pelos paraibanos. Um bispo discutindo determinadas questões
sociais na vida da igreja? Enfim, é o que vejo, já disse isso a ele. Creio que
Dom Aldo pagou um preço muito grande, até de incompreensão por falar o que
pensa, e também por ser muito fiel”, afirmou.
“Dom Aldo esteve presente muitos momentos da sociedade
paraibana, mostrando sua independência e sendo fiel ao que acredita. Então,
quando se pedia a opinião de dom Aldo sobre determinada situação, seja questão
política ou social, ele nunca deixou de dizer o que pensa. É uma pessoa
verdadeira, e pagou um preço muito alto por isso. Ele terá um tempo para cuidar
de si, da sua saúde e dará sequência a sua missão. Creio que houve muita
injustiça com Dom Aldo”, concluiu.
Fonte: Ângelo Medeiros -
WSCOM
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